A pesquisa desse livro busca analisar, através da fotografia, fonte de pesquisa na área das ciências humanas, como o homem do litoral, no início do século XX, principalmente do Rio de Janeiro chamado "civilizado", olhava diferente para os homens dos sertões brasileiros, chamados de "bárbaros" e "selvagens", seres que habitavam o interior e os limites fronteiriços norte e centro-oeste. Esta investigação analisará basicamente o acervo fotográfico produzido pela Comissão de Inspeção de Fronteiras, chefiada pelo General Cândido Mariano da Silva Rondon, sobre espaço,negros e índios da Amazônia, durante o período de 1927 a 1930, que se encontra no Arquivo Histórico do Exército, localizado no Rio de Janeiro. Articularemos essa produção documental com os interesses modernizadores do Estado brasileiro naquele momento em que a geração de intelectuais e políticos da Primeira República buscava uma identidade coletiva para o país, uma base para a construção da nação. Tratava-se de uma busca das bases para a redefinição da República, para o estabelecimento de um governo republicano.