A rela o entre a prostitui o e o poder p blico marcada por diversas controv rsias, avan os e retrocessos. O surgimento e consolida o do movimento social, a partir da d cada de 1980, contribuiu para a redefini o de conceitos e de problemas envolvendo prostitutas e outros atores na organiza o das trocas econ mico-sexuais de v rias cidades brasileiras. Todavia, o atual cen rio sociopol tico brasileiro, marcado pelo ressurgimento de uma s rie de demandas baseadas em valores e princ pios morais-religiosos, vem propiciando uma acirrada disputa pelo ajustamento de pol ticas p blicas. Sendo um assunto de relevante import ncia, as pautas surgidas com o movimento organizado trouxeram luz da reflex o um novo olhar acerca dos principais problemas frente do processo de formula o e implementa o de a es e iniciativas capazes de legitimar o reconhecimento da prostitui o como trabalho. Os t midos progressos em rela o sua regulamenta o, a morosidade das institui es p blicas e a exist ncia de uma legisla o ineficiente e antiquada a nova realidade social, s o alguns dos desafios que as prostitutas t m pela frente.