O estudo de uma Comunidade Intencional Rural teve como factor impulsionador a problemätica mais geral da crise de degradac¿äo ambiental em que se encontra a sociedade atual e ä volta da qual um grande debate sociolo¿gico tem vindo a tomar corpo. Ao refletir sobre a evoluc¿äo desse debate teo¿rico ¿ onde se tentou contemplar as diferentes fases dessa evoluc¿äo, que väo desde a sua neglige¿ncia no caso das teorias clässicas, ä sua integrac¿äo numa teoria mais geral da sociedade como ocorreu com as teorias da modernidade, passando pela sua consolidac¿äo que as perspetivas norte-americana de Catton e Dunlap e do realismo diale¿tico de Dickens protagonizaram ¿ constatou-se que a pertine¿ncia de estudar o modo como se organizam essas comunidades näo se resume ao facto de alicerc¿arem a sua organizac¿äo numa nova relac¿äo ambiental, mas tambe¿m uma nova relac¿äo social. Esta obra resume uma investigação empírica numa Comunidade Intencional Rural em Portugal, desenvolvida através de observação participante, onde se pode tomar contacto com um tipo de organização alternativa à da sociedade dominante, assente na autossuficiência, no autogoverno e na simbiose com a natureza.