A gestão de projectos e programas públicos nos países em desenvolvimento mostra resultados bastante decepcionantes em termos de qualidade, custo e tempo. A gestão não respeita as prescrições da matriz e lógica de intervenção recomendadas pela gestão baseada em resultados. Falta muito governação estratégica, a corrupção e a apropriação indevida são frequentes. Alguns projectos ou programas que foram iniciados são abandonados, outros são alargados e requerem adições orçamentais ou endividamento contra-cíclico. O objectivo nem sempre é construído com os interessados, incluindo as populações beneficiárias, mas muitas vezes imposto pelos fornecedores de recursos. Tendo em conta todas estas deficiências, a gestão estratégica deve aplicar os princípios da boa governação, racionalizando a lógica de intervenção em projectos e programas, introduzindo sistematicamente as normas e directivas da nova gestão pública baseada na gestão baseada em resultados e prosseguindo o tríptico "3 Es" (Economia-Eficácia-Eficácia). Estes países em desenvolvimento ainda estão à procura de projectos e programas estruturantes que gerem externalidades positivas.