O estudo verticaliza análises sobre o Presídio Regional do Serrotão, tomando como fontes principais as entrevistas, realizadas com toda comunidade prisional, em conformação à observação etnográfica, permitidas durante as visitas e os contatos in loco, com o que se ambientam as histórias aqui recuperadas. Numa movimentação escriturística, que se fez, a partir do aparato teórico-metodológico da História Cultural e Oral, próximas da Antropologia e das contribuições foucaultianas, sobre a sociedade moderna. Nesse sentido suas considerações em relação às cidades disciplinares, mantém suas formulações teóricas, na qual se coloca em xeque a utopia das prisões e a manutenção da massa que se pretende inerte, mas que conforme as favelas externas, se mobilizam internamente, seguindo as análises de Michel Certeau (1994), nos quais os fundamentos esmigalham as teorizações, sobre a normatização, enquanto exitosa, mas, desconsidera sua própria destruição, mediante os fazeres cotidianos nos/dos bairros populares e, associativamente nas prisões, cada vez mais distanciadas dos centros urbanos e reproduzidas ao ponto de se tornarem complexos prisionais.