Esta pesquisa trata das relações entre cinema, educação e alteridade, a partir da análise de um curso de cinema brasileiro para estrangeiros. Tal material levanta questões sobre as relações dos alunos estrangeiros com o cinema brasileiro, com os enfrentamentos diante do outro e as experiências ético-estéticas ali possíveis provocadas pelo contato com filmes. Problematiza-se os conceitos de estrangeiro e alteridade e pensa-se que a posição de ser outro está no olhar e na interação, especificamente aqui, entre os alunos, o professor e o cinema. Além disso, traz-se também a ideia de que o próprio cinema exige a alteridade e coloca-nos em contato com o outro, o diferente, tratando-se ainda de uma experimentação filosófica. Tais situações de arrebatamento com o cinema são aqui tratadas como experiências ético-estéticas, e pensamos na possibilidade de relacioná-las com uma experiência do olhar, de saída e volta a si.