Com a hegemonia do modelo biomédico no século XX, a fragmentação do corpo humano em partes foi acentuada. Em decorrência, várias profissões de saúde surgiram, na tentativa de entender o todo, a partir do aprofundamento das partes. A saúde passou, então, a ser cuidada sob diversas óticas e, assim, as diferentes concepções desencadearam conflitos, sobretudo na área da pediatria. Referindo-se a criança em seu primeiro ano de vida, época em que é considerada vulnerável aos cuidados, devido ao seu processo de crescimento, desenvolvimento e constituição psíquica é imprescindível, portanto, consenso e interação entre aqueles que a assiste. Uma das polêmicas existentes, neste campo, compreende a indicação ou não do uso da chupeta pelos profissionais de saúde. Há divergência de julgamento, quanto aos seus benefícios e malefícios, enquanto que para os pais, fundamentados na tradição e cultura, é algo tão essencial. Esta obra traz uma reflexão sobre o tema, a partir da opinião de pediatras, odontólogos, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, psicólogos e enfermeiros, buscando atender as necessidades biopsicossociais da criança, convergir as orientações aos pais e fomentar a transdiciplinaridade.