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Perdoe-me tanto laquê

Autor Juliana Gervason
Paperback – 31 iul 2013
Reza a lenda que, com o passar do tempo, nossas lembran as se tornam esmaecidas, e de tudo o que passou, nos lembramos apenas do que nos fez mais felizes, ou do que mais d i. No meu caso, n o lembro quais tortuosos caminhos virtuais me fizeram chegar at O Batom de Clarice, mas lembro bem de quando cheguei l , porque doeu. Doeu reconhecer nas palavras de outra pessoa uma ang stia que eu achava ser s minha, e foi a partir dali que me encontrei em Juliana, e fui e tenho sido] feliz. Mestre Vinicius cantava que essa nossa vida a arte do encontro, e apesar dos tamanhos e tristonhos desencontros que teimam em atravancar meu caminho, ter encontrado Ju e suas palavras s o como aquele quindim recheado de carinho e deixado, silenciosamente, na portaria. Sei que estou c para falar desse livro lindo, o primeiro rebento dos muitos que, espero, estejam por vir. Mas n o consigo falar da criatura sem falar da criadora. N o consigo desvencilhar a obra da autora, e eu sei, um pecado meu, mas um pecado de quem n o sabe separar o amor pela amiga querida da admira o por suas palavras. Os poemas de Perdoe-me tanto laqu s o, assim como as m os que os escrevem, polif nicos. Cheios de vozes de tantas mulheres que residem em apenas uma: virgens, santas e putas, como aquelas que arrumam sua cama em "quase ana c". S o tantas e t o diferentes mulheres que cabem nessas p ginas, que como se Juliana tivesse feito horcruxes de si mesma e as espalhado em cada verso, em cada estrofe, em cada p gina em branco. E esses retalhos se encontram com as quer ncias, as d vidas, os prazeres, as ang stias e as tristezas das tantas outras almas que est o buscando a si mesmas. Certa hora ela diz " na pequenez que me vale, que me cerca, que me importa, que me fa o." Como aceitar que uma iraquiana - ainda que por acaso do destino -, mineira e brasileira se fa a na pequenez? que a pequenez de Juliana a da delicadeza, da simplicidade que reside nas coisas t o grandes que, por n o caberem em si, reverberam ao seu redor. A poesia desse livro n o est em estado de dicion rio. necess rio que voc traga a chave drummondiana que possa abrir as portas e janelas das palavras que, aqui adormecidas, esperam para brincar em olhos outros. Os poemas que aqui est o esperam, inquietos, para passear em sua vida, e reverberar em sua hist ria. Assim como Clarice, Juliana trata as palavras com o carinho de quem v nelas a salva o para o desespero dos dias. Como se suas palavras fossem a m o de deus guardando com amor seus sonhos. O insano Quincas Borba, retalho do nosso querido Bruxo do Cosme Velho, disse certa feita que "o maior pecado, depois do pecado, a publica o do pecado". Eis que voc tem em m os a publica o do maior pecado de Juliana Gervason: querer carregar gua na peneira, assim como Manoel de Barros e tantos outros que ousaram sair do lugar-comum e voar fora de suas pr prias asas. "O mesmo triste do ato da escrita o sil ncio dos que nunca aplaudem" Eu sinto ter que desapontar seu poema, Ju, pois estou aqui, aplaudindo de p , e tenho certeza de que aqueles que se aventurarem a andar descal os e desnudos por suas idiossincrasias tamb m o far o. E, com a ben o e a licen a po tica de outro querido mestre, o Quintana, preciso dizer a todos os que seguir o esse caminho que, os outros passar o, mas Juliana, passarinho. Que seja doce, como o queria Caio F., esse nosso caminho.
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Specificații

ISBN-13: 9788564914476
ISBN-10: 8564914476
Pagini: 80
Dimensiuni: 140 x 210 x 4 mm
Greutate: 0.11 kg
Editura: Bartlebee Editora Ltda ME