É impossível ler um jornal, ver as notícias, ou ouvir a rádio hoje em dia sem ler sobre as implicações a nível macro da globalização. Ocasionalmente, os media cobrem protestos e resistência no Sul Global, tais como a recente cobertura da tentativa bem sucedida dos activistas argentinos de encerrar uma fábrica de sementes proposta pela Monsanto (O'Neill). Raramente, porém, ouvimos falar dos impactos da globalização nas pequenas comunidades agrícolas do Sul Global. Os meios de comunicação cobrem a pobreza urbana e os bairros de lata em rápida expansão de cidades em todo o Sul Global. Vemos fotografias de ruas sobrelotadas e lemos sobre os desafios de acomodar uma população em espaços onde nenhum urbanista jamais imaginou que chegassem pessoas. Mas raramente ouvimos falar de como estas novas chegadas urbanas foram lá parar ou sobre a sua origem. Este ensaio não discutiu explicitamente a globalização e a pobreza urbana, mas está profundamente ligado a estes temas maiores. Esta é a história de duas comunidades do Sul Global desafiadas pela chegada de investimento directo estrangeiro. E é uma história que chega a casa para a minha própria comunidade em Harvard.